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Clube Foto Filatélico de Volta Redonda é reconhecido como museu


Débora R. Anibolete

Conhecido por reunir amantes da fotografia e por formar profissionais da área em Volta Redonda, o Clube Foto Filatélico Numismático de Volta Redonda representa uma importante referência cultural na cidade. Prestes a completar 58 anos de fundação no próximo dia 31, o clube está sendo preparado para dar mais uma contribuição para a população: se tornar o primeiro museu da cidade.

De acordo com a presidente do Clube Foto, Kika Monteiro, a proposta de transformar o clube em um museu fotográfico era um projeto antigo, que vinha sendo desenvolvido há vários anos. Após muito esforço, o projeto foi reconhecido recentemente pela Secretaria Estadual de Cultura.
- Este é um projeto que vem amadurecendo antes mesmo da presidência do Clube Foto, mas a conquista do espaço e a recuperação do mesmo, fez-nos ver que era possível o museu tão sonhado, e que tínhamos um tesouro nas mãos: a história da cidade e de seus cidadãos. Desde a minha adolescência me sentia inconformada com o fato de uma cidade com a importância de Volta Redonda não ter um museu. Enquanto era apenas sócia do Clube Foto, já acreditava que ele teria vocação para abrigar este projeto, apesar de ainda não imaginar que um dia me tornaria presidente. Quando isso aconteceu, eu não pensei duas vezes e seria este meu maior objetivo frente à instituição: torná-la o primeiro museu da cidade - conta.

A proposta do museu será prestigiar a história de Volta Redonda, mostrando sua importância para o desenvolvimento da industrialização no Brasil.
- O Clube era a representação da história da fotografia e a história de Volta Redonda, uma coisa puxou a outra e foi tomando forma a ideia de realmente contar isso através de um museu. Não somente a história de Volta Redonda, da CSN e seus idealizadores, políticos e trabalhadores. Com o tempo fomos amadurecendo e tomando consciência de que Volta Redonda, era o berço da industrialização brasileira.

Esse entendimento foi crescendo e já tínhamos um pequeno acervo, que foi juntando-se ao que vinha para gente através de doações - conta Kika Monteiro.
A presidente do museu destaca que dentro deste tema central, o grande foco será apresentar o que ela chama de "memória do trabalhismo brasileiro".
- Falar em trabalhismo é muito abrangente já que a dona de casa, o pipoqueiro, o lavador de carro são trabalhadores e estão incluídos nesta história. Mas a princípio partimos da construção da CSN, o marco principal no que diz respeito à mudança do modelo de sociedade agro pastoril para a sociedade industrial.

Nossa ideia é com o tempo mostrar o trabalhismo em todas suas vertentes, mas precisamos iniciar num ponto, e o nosso ponto escolhido é a industrialização, da construção da maior siderúrgica da América Latina, na época, e dos milhares de trabalhadores que se envolveram nesta montagem - afirma.
Para representar todos estes aspectos importantes da história da cidade, o clube vem reunindo uma série de materiais que estão sendo utilizados para a criação do acervo do futuro museu.
- Estamos há seis anos montando nosso acervo através de doações da comunidade, da participação de historiadores e do que já tínhamos em nossa sede. Estamos nos dedicando à fase de captação de material, lançando uma campanha de doação através da mídia impressa, rádios e também do nosso informativo mensal. Estamos captando fotografias, vídeos, selos, moedas, documentos e a história da compreensão do que vem a ser o trabalho, no Brasil e no mundo - explica.

Kika Monteiro ressalta ainda que criação do museu significa uma grande contribuição para o enriquecimento cultural da cidade, uma vez que será uma forma de preservar a história de Volta Redonda e garantir que ela possa ser conhecida pelas próximas gerações.
- Como primeiro museu, este projeto tem uma importância ímpar, e para uma das cidades mais importantes do Brasil, como é Volta Redonda, será um marco histórico, social, educacional e cultural - afirma, destacando que o projeto foi reconhecido pelo IBRAM, Instituto Brasileiro de Museus.
Para a presidente do clube, por ser um museu composto principalmente por fotografias, a instituição servirá também para prestigiar a história das famílias da cidade.
- Este acervo conta a história de várias famílias, oriundas de vários estados, uma verdadeira miscigenação cultural, que marcou a vida destas pessoas, e que potencialmente tornou uma cidade de todos e para todos.

Sempre digo que o mais bonito nesse processo é quando alguém reconhece um dos seus parentes, amigos ou conhecidos em uma foto histórica. Penso que o melhor disso tudo é saber que o museu está para o cidadão, para sua história pessoal, é ele o cidadão comum que faz a história do Museu da Memória do Trabalhismo Brasileiro - destaca.

 Para contribuir

A presidente do clube explica que como o projeto foi aprovado há pouco tempo, o museu ainda não foi aberto à visitação. Segundo Kika, a previsão é que o centro histórico possa começar a funcionar já no próximo mês.
- Estamos aguardando os recursos que virão da Secretaria de Estado de Cultura, provenientes da assinatura do convênio que se deu em dezembro de 2011. Nossa programação é estarmos prontos para visitação no próximo mês - afirma.
Enquanto isso não acontece, o clube continuará com a campanha de captação de materiais.
- Estamos aceitando materiais. Vamos trabalhar com fotos digitalizadas ou impressas, assim como câmeras fotográficas antigas. As fotos que necessitamos são as relacionadas com a construção da CSN, a construção das casas e de praças e momentos históricos. Queremos fotos comuns, de pessoas comuns que de alguma forma, retratem a história da cidade e de seus bairros, assim como de todos os pontos comerciais e históricos de 1940 em diante. Gostaríamos que as pessoas entendessem que o nosso trabalho vem de encontro ao fato de que não faremos nada sozinhos, pois precisamos que todos participem, todos que fizeram e fazem parte da construção de Volta Redonda - completa.


Serviço

O Clube Foto Filatélico Numismático de Volta Redonda, fica na Rua 19, nº 21, na Vila Santa Cecília. Informações: (24) 3342-6450.

Leia mais: http://diariodovale.uol.com.br/noticias/3,53865,Clube%20Foto%20de%20Volta%20Redonda%20e%20reconhecido%20como%20museu.html#mais#ixzz1ty9QWIeB

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